sexta-feira, 30 de março de 2012

FRUSTRAÇÕES

Saber lidar com a frustração é um ponto decisivo para você ser mais ou menos feliz. Saber lidar com as frustações é importante para você, também, saber lidar com as pessoas e isso inclui relacionamento no trabalho, na família, no casamento, etc…
A base desse “lidar com a frustação” começa na infância. Ela pode ser moldada, aprendida, exercitada. A criança que recebe tudo o quer, na hora que quer sem o mínimo de esforço; que tem uma mãe que sempre pensa: “Vou proteger para que ele/ela não sofra” e se antecipa para atender essa criança imediatamente, antes que a criança tente fazer por ela própria, que faz todas as vontades, etc… faz com que essa criança desenvolva uma baixa resistência à frustração.
Crianças desse tipo, tornam-se adolescentes voluntariosos, rebeldes e, posteriormente, adultos infantilizados, com problemas de adaptação em diversas áreas.
Há vários níveis de frustração:



Com aquilo que você pode mudar, como um trabalho, um curso ou um namorado(a). Caso você tenha um nível de frustração saudável, você já sabe que vai encontrar e esbarrar em situações que não gosta, mas nem por isso vai desistir. Muitas vezes, o trabalho não é exatamente o que se esperava, mas é preciso continuar nele até que apareça outro.

Com aquilo que você não pode mudar, mas precisa conviver.
Esse é o nível mais profundo: o da impossiblidade. Por ex.: o pai ou mãe que se teve, abuso na infancia, etc… Situações impossívels de serem mudadas, porque fazem parte do passado da pessoa.
Nesse caso, há perguntas que nunca ajudam. Por que eu tive um pai assim? Ou, se eu não tivesse tido uma família assim? Ou, como isso foi acontecer? Portanto: Por que? Se? Como? São perguntas que não modificam seu passado e paralisam o indivíduo naquele passado.
No entanto, perguntar: ”O que eu faço com tudo isso agora?” Trocando o “Por que?” o “Como?” por “a partir de agora”. Isso possibilita uma mudança para o presente fazendo o resgate da pessoa de seu passado. Permanecer em algum ponto do passado, é adoecedor e angustiante.
Outro ponto esclarecedor: é saber que o IDEAL nem sempre é o REAL. Talvez o real tivesse ter tido uma família equilibrada, saudável, etc… , mas o real é que, quem sabe, essa família foi muito desestruturada.
Outra coisa ajuda, é perceber que dentro de determinada situação a pessoa deve conviver com aquilo da melhor maneira possível e começar a identificar onde estão as situações que a ajudarão a faze-lo. Portanto, “conviver com isso da melhor maneira possível” é outro gancho que ajuda a caminhar para frente e não ficar preso ao passado, paralisado.
Outra providência: trocar o “Por que?” pelo “para que?”.
Situações mudam quando voce troca a frase, como por ex.: Por que eu tive um pai alcóolatra que era tão agressivo com minha família? Para que eu tive um pai…
Suas respostas serão inúmeras e sempre voltadas para um caminhar à frente. Talvez, para você perceber que o excesso de bebida poderá destruir uma família inteira ou que você precisará observar seu comportamento frente à bebida, etc…


O nível limiar e tênue tão dificil de lidar como o acima, pois trata-se da frustração vs. acomodação. A pessoa pode permanecer num trabalho com todas as dificuldades, reconhecendo que decididamente não gosta e não aventura-se em mudar, pois “afinal, todos os trabalhos são assim mesmo”. Existe uma linha muito tênue entre acomodação e a alta resistencia à frustação.
Uma resistencia à frustração pode ser muito bom mas uma acomodação de nível muito alta, pode não ser muito saudável.
Exemplo desse tipo, são pessoas que abrem mão do que queriam, de fato, para ficarem com algo que “não era exatamente o que queriam, mas que serve de qualquer maneira”.
Talvez, a roupa que gostou não é a do seu tamanho, mas como não tinha… você leva um número acima.
Pensar no seu “alvo” poderá ajudar nessa situação. Caso seu alvo esteja muito distante daquilo que você está vivendo e você insiste em permanecer nesta condição atual, talvez você esteja na “acomodação”. Na acomodação o indivíduo pode movimentar-se, ainda que seja pouco, mas não se movimenta. A pergunta é: Se você fizer alguma coisa, você se aproxima do seu alvo?
A resistencia à frustração ajuda em situações onde a pessoa “por enquanto” não pode sair dela, enquanto caminha para o alvo.

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