Um espaço para se pensar em Psicologia nos tempos atuais, assim como a utilidade da Parapsicologia em nossas vidas. E-mail para contato Arlettexexeo@gmail.com - quem sou Eu Um ser em desenvolvimento, um profissional da área da saúde na tentativa de auxiliar as todos que precisam reconstruir suas emoções, refazer suas vidas do jeito que sonharam ser.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Sentimento de RAIVA
Todas as vezes que experienciamos uma forma de desapontamento ou frustração é porque estamos resistindo a aceitar a realidade de que tudo muda, o tempo todo. Aceitar mudanças requer de nós disponibilidade para o novo: temos que abandonar nossas velhas identidades e nos abrir para o desconhecido. Na maioria das vezes, resistimos às mudanças porque elas nos demandam esforço, consciência e sabedoria para olhar de frente o que preferiríamos não ver.
Quando nos sentimos incapazes de lidar com o novo, surge em nós a raiva: vontade de atacar para nos defendermos daquela situação indesejada. A raiva é um sentimento sustentado pela incapacidade de gerenciar uma situação.
A raiva nos desequilibra. Apesar de expressar-se mediante a força da agressividade, ela nos enfraquece. A raiva surge quando nos sentimos fracos e frustrados ao termos de reconhecer nossos limites internos e externos.
Para superar a raiva, é preciso saber atravessá-la. O segredo está em observar o desconforto que ela produz em nós, sem nos deixarmos contaminar pela negatividade da autocrítica. Como um cientista que é capaz de analisar uma substância venenosa sem se deixar contaminar por ela.
Não precisamos ser vítimas de nossa raiva. Da próxima vez que você estiver preso à raiva, evoque em si mesmo uma atitude mental capaz de testemunhar o que estiver ocorrendo. Você verá que é possível distanciar-se da raiva enquanto a estiver sentindo. A atitude mental de observação é imparcial: não julga a raiva como certa ou errada. Sua intenção é recuperar a clareza mental.
Para lidar positivamente com a raiva, temos de desenvolver a capacidade de manter os olhos abertos diante da dor. Ter compaixão por nós mesmos é despertar a curiosidade em saber como aquele sentimento de raiva surgiu em nossa mente pela primeira vez.
Muitas vezes, sentir raiva nos faz chorar. Se o choro for de aceitação, ele nos ajudará a derreter o ressentimento e o orgulho ferido. Mas se for de indignação estaremos retroalimentando a própria raiva. A indignação é como uma cola que nos deixa ainda mais presos ao sofrimento. Podemos reconhecer que a raiva não nos traz benefícios e nos desinteressarmos por ela. No entanto, só quando aceitamos a raiva é que ela se desprende de nós.
Há algo que a raiva quer nos ensinar. Podemos escutá-la, pois ela nos revela as forças que necessitamos desenvolver para realizar nossas mudanças. Na próxima vez que você estiver preso à raiva, pergunte-se: “Que força interna eu preciso gerar agora?”
Você já pensou em recuperar a gentileza consigo mesmo durante um ataque de raiva? Podemos ter sido vítimas de uma injustiça, mas não precisamos ser vítimas de nós mesmos! A determinação em sucumbir da raiva nos ajuda a recuperar nossa vitalidade.
O mestre budista Chögyam Trungpa dizia que o objetivo da vida consiste em simplesmente ir em frente e fazer da vida um modo de despertar, mais do que de adormecer. Ele enfatizava que falhar é uma experiência inevitável, pois sempre encontraremos dificuldades. Mas se praticarmos com sinceridade e seguirmos o caminho com o nosso coração, as dificuldades não representarão um obstáculo. Serão, simplesmente, um aspecto da vida, uma forma particular de energia.
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